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Mostrando postagens de setembro, 2008

Minha paixão pela computação - III

Após concluir o curso de Engenharia vim para Santarém. Alguns sintomas do vírus começaram a se manifestar e eu senti a necessidade de comprar um microcomputador. Uma empresa de Belém ofereceu um curso de programação em linguagem BASIC na cidade e junto trouxe alguns micros para vender. BASIC é uma linguagem criada para fins didáticos. Muitos microcomputadores, inclusive o IBM-PC, saiam de fábrica com BASIC embutido em uma memória ROM. O Visual Basic é um dos descendentes mais conhecidos do BASIC. Bem, entre os micros oferecidos pela empresa, o que eu podia comprar era o TK-85. TK-85 era um micro com 16 Kbytes de memória RAM, que era ligado a um aparelho de TV, que servia de monitor, e para armazenar os programas e dados utilizava-se um gravador de fita cassete. As imagens eram em preto e branco. Tudo muito estranho para os nerds atuais, mas para um nerd da década de 80 era o máximo. Dava para aprender a programar em BASIC e fazer muitas experiências. Ah! Eu me divertia mesmo era pro

Tecnologia Java Card

Java Card é uma plataforma da tecnologia Java da Sun Microsystems que possibilita que smart cards e outros dispositivos com memória muito limitada executem applets . Essa tecnologia oferece aos fabricantes uma plataforma interoperável e segura, que pode armazenar e atualizar múltiplas aplicações em um único dispositivo. A tecnologia permite que desenvolvedores criem, testem e distribuam aplicações e serviços com rapidez e segurança. A Sun, da mesma maneira que procede para outras tecnologias Java, também disponibiliza uma especificação da plataforma e um kit de desenvolvimento Java Card. Suas principais características são: Interoperabilidade. Escreva uma vez e rode em qualquer cartão que suporte Java Card. Seguro. Além da segurança herdada de J2SE, implementa funções de criptografia. É Java. Múltiplos aplicativos num mesmo cartão. Num mesmo cartão você pode ter serviços de banco, telefone, vale-refeição, etc. Dinâmico. É possível instalar um novo applet mesmo que o cartão já tenho s

Minha paixão pela computação - II

Depois de terminada "Introdução à Computação", bastante motivado, matriculei-me em "Estruturas da Informação". O conteúdo dessa disciplina é o mesmo de Estruturas de Dados I: listas, filas, pilhas, etc. Foi um desastre. Não consegui acompanhar e abandonei na metade do semestre. Minha única reprovação na graduação. Inesquecível e frustrante. Alguns semestres depois, chegou na universidade um novo brinquedinho, o DECSystem/10 da Digital. O DEC-10, como era comumente chamado, tinha 256k palavras de 36 bits de memória e também era chamado PDP-10. Leia mais sobre ele em http://en.wikipedia.org/wiki/PDP-10 . Que avanço! Terminais de vídeo nos setores administrativos, na pesquisa, no Departamento de Engenharia Elétrica (DEE), em suma: uma maravilha. O curso de Tecnologia em Processamento de Dados ofereceu então um curso de extensão de férias sobre a nova versão do FORTRAN que rodava no DEC-10. O DEC10 rodava FORTRAN IV e V, COBOL, LISP, PROLOG, ALGOL, entre outras linguage

Múltiplas habilidades

Até o ano de 2005 a principal linguagem de programação estudada no curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário Luterano de Santarém era Pascal. Além de Pascal, alguns outros paradigmas eram estudados brevemente na disciplina Paradigmas de Linguagens de Programação, e C++ um pouco mais profundamente abordado em linguagem de Programação Orientada a Objetos. Há muito vinha sendo discutido nas reuniões do colegiado a inclusão de Java como a principal linguagem do curso. Sempre se colocava em pauta a dificuldade que os alunos teriam com o novo paradigma como um obstáculo à concretização da idéia. Observa-se que aos alunos serem apresentados a um paradigma, eles se fecham para todos os outros. Essas dificuldades eram sentidas quando se iniciava o estudo de C++. Enfim, a partir do ano de 2006, Java foi implantada como linguagem a ser estudada nas disciplinas iniciais do curso. Um excelente trabalho foi realizado como forma de disseminar a linguagem entre os membros da comunidade a

Minha paixão pela computação - I

No ano de 1976 entrei para o curso de Engenharia Elétrica - Opção Eletrônica na UFPa. Logo nos primeiros semestres fiz minha matrícula numa disciplina chamada "Introdução à Ciência da Computação". Após a tradicional introdução que conta a história do computador, passando pela numeração binária, iniciamos o estudo de algoritmos e fluxogramas. Veio então meu primeiro programa, na linguagem FORTRAN versão Monitor, muito usada no meio científico naquela época. O professor então nos instruiu como deveríamos proceder para, após criarmos o código do programa, testá-lo no computador da universidade. Hoje, nas aulas de laboratório do curso de Sistemas de Informação do CEULS, temos dois alunos por máquina, às vezes até um por máquina. Nem em meus sonhos mais otimistas conseguia imaginar isso. O fato é que tínhamos que compartilhar um único computador para todas as atividades da instituição. Era um IBM 1130. Esse computador tinha 16K palavras de 16 bits de memória e cada unidade de dis