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Mostrando postagens de 2008

Zoho writer

Zoho writer é um editor de textos online . É um dos serviços oferecidos pelo sítio zoho.com , que tem quase todas as funcionalidades de um editor para desktop . Com esse serviço é possível editar um documento colaborativamente, ou seja, mais de uma pessoa pode fazer alterações no texto simultaneamente. As alterações feitas por um colaborador são visualizadas em tempo real pelos demais. O software bloqueia a parte do texto onde um dos colaboradores está editando evitando assim que outros colaboradores alterem naquela parte. Visualmente ele coloca essa parte em uma moldura, deixando em branco para quem está editando e colorindo de laranja para os outros. O restante do documento fica livre para ser modificado pelo restante dos colaboradores. Isso impede que haja conflito de alterações. Na opção histórico é possível reverter o documento para uma versão anterior e fazer comparações entre duas versões. Um recurso interessante é o que permite a edição de documentos offline . Para isso é nec

Trabalho recusado

Recentemente submeti um trabalho a um evento e o mesmo foi rejeitado. Ninguém gosta de ter trabalho rejeitado, muito menos eu. Estou postando esse texto aqui para demonstrar minha insatisfação com a avaliação do único revisor que leu o trabalho. Penso que o resumo não deveria ter sido aceito mesmo, principalmente por uma provável falta de originalidade. Mas o comentário do revisor, aqui reproduzido em parte, demonstra seu desconhecimento do tema tratado: "O trabalho apresenta uma proposta de projeto para a avaliação de utilização de blogs num contexto de ensino-aprendizagem" . Aproveito para divulgar um serviço web que considero muito bom para publicação de trabalhos pessoais, o http://issuu.com . Leiam o trabalho que submeti e tirem suas próprias conclusões, tanto do meu protesto quanto do serviço utilizado para apresentar o resumo.

Redes sociais virtuais e educação

Uma rede social virtual (Orkut, hi5, Facebook, Myspace, etc) conecta pessoas através da tecnologia. Acredito que, devido sua natureza interativa, existência de mecanismos de manifestação de opinião e de espaço para discussão, a rede social virtual é uma ferramenta útil para o aprendizado, pois representa um micro mundo. E segundo Paulo Freire "ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo", ou seja, todos aprendem e ensinam simultaneamente mediatizados pelo ambiente em que vivem. Na rede social virtual é possível se articular os pensamentos que são parte da comunidade, mobilizar e socializar o conhecimento, principalmente se os professores intervirem no sentido de aprofundar os temas que são discutidos. Uma faca pode ser usada para passar manteiga no pão e colabora para o café da manhã ou, contrariamente, pode ser usada para ferir alguém. Estou aqui revendo meus conceitos e propondo uma discussão sobre o tema. Vamos ref

Sala de aula na nuvem

Computação na nuvem ou cloud computing é a buzzword (alarido em torno de uma nova palavra ou expressão) do momento. Não é um conceito novo, mas vem ganhando força com o crescimento da Google e seu interesse explícito nessa área. É um modelo onde as aplicações e dados residem em servidores e são acessados via web . Exemplos disso são os pacotes de escritórios (editores de texto ou planilhas) online disponibilizados pela Google e Zoho. Não vou discutir aqui sobre o futuro disso. Se é factível ou não, se é seguro ou não, e vai por ai. Meu foco é outro. A educação dita formal. Atualmente as pessoas vivem em permanente corrida, com o pé pisando fundo no acelerador. No entanto o dia continua tendo 24 horas. Estamos tentando fazer cada vez mais no mesmo período de tempo. Costumo dizer que tudo evolui, a tecnologia nos envolve, ou melhor, nos engole, mas o tempo permanece obsoleto. O dia sempre vai ter 24 horas. Ninguém, após a adolescência, tem tempo para ficar 4 horas diárias sentado em u

Aprenda Programar em Dez Anos

Este pequeno texto é uma adaptação do artigo "Teach Yourself Programming in Ten Years" de Peter Norvig, que pode ser lido integralmente em http://norvig.com/21-days.html . Não é difícil encontrar livros com títulos tais como: "Aprenda Java em 7 Dias", "Aprenda Pascal em Três Dias", e assim por diante. A primeira impressão que se tem é que há uma grande corrida para aprender computação, ou que computação é algo muito mais fácil de aprender que qualquer outra coisa. Ou alguém já viu livros sobre como aprender tocar piano, física quântica ou adestrar cães em tão poucos dias? Pesquisadores têm mostrado que leva-se aproximadamente dez anos para tornar-se um expert em uma grande variedade de áreas que incluem: jogar xadrez, compor músicas, pintar, nadar, jogar tênis, etc. Mozart, considerado um prodígio musical aos 4 anos, levou mais 13 anos antes de começar a produzir música de qualidade. O grupo musical The Beatles surgiu com um sucesso em primeiro lugar nas p

Convenções de código

Convenções de código são um padrão de codificação que um grupo de programadores decide seguir. Isso inclui nomes de variáveis, de arquivos, identação, comentários, etc. Segundo o site da Sun, as convenções de código são importantes para os programadores por três razões: 80% do custo de desenvolvimento de um software é gasto com manutenção Dificilmente um software é mantido por toda sua vida pelo autor original Convenções de código dão legibilidade ao software Nas aulas de Linguagem de Programação Comercial eu procuro mostrar ao alunos a importância de usar convenções de código até mesmo em benefício do seu próprio aprendizado. Utilizamos Delphi nessa disciplina e vou documentar aqui o padrão que eu criei no desenvolvimento de meus sistemas e o qual eu os aconselho a utilizarem. No caso dos componentes eu os nomeio iniciando com duas ou três letras minúsculas abreviando o tipo do componente seguidas de um nome iniciando em maiúscula: Botões (TButton, TBitBtn, TSpeedButton) - iniciam co

Minha paixão pela computação - IV

Quando eu iniciei meus estudos sobre Cobol, a empresa onde eu trabalhava tinha uma ferramenta CASE que gerava código COBOL a partir da definição da estrutura de uma tabela. Eu definia como eu queria a tabela e a ferramenta gerava o código completo de um módulo de cadastro. Assim eu comecei a analisar esse código, ler alguns livros e daí surgiram minhas primeiras aventuras nessa linguagem. Nessa época, 1986, a www ainda não existia. O primeiro navegador, Mosaic 1.0, só foi lançado em 1993. Os programas em COBOL que eu criava rodavam nos MAGNEX que falei antes. Eram computadores multiusuário. Logo surgiram os compatíveis com IBM-PC e a MAGNEX simplesmente quebrou, faliu. Os primeiros IBM-PC eram baseados no processador 8088 da Intel e rodavam apenas o sistema operacional MS-DOS , que não oferecia recursos multiusuário e redes eram um conceito que estava nascendo. Passamos por um momento de indefinição. Precisávamos de solução multiusuário e os compatíveis IBM-PC não suportavam esse recur

Minha paixão pela computação - III

Após concluir o curso de Engenharia vim para Santarém. Alguns sintomas do vírus começaram a se manifestar e eu senti a necessidade de comprar um microcomputador. Uma empresa de Belém ofereceu um curso de programação em linguagem BASIC na cidade e junto trouxe alguns micros para vender. BASIC é uma linguagem criada para fins didáticos. Muitos microcomputadores, inclusive o IBM-PC, saiam de fábrica com BASIC embutido em uma memória ROM. O Visual Basic é um dos descendentes mais conhecidos do BASIC. Bem, entre os micros oferecidos pela empresa, o que eu podia comprar era o TK-85. TK-85 era um micro com 16 Kbytes de memória RAM, que era ligado a um aparelho de TV, que servia de monitor, e para armazenar os programas e dados utilizava-se um gravador de fita cassete. As imagens eram em preto e branco. Tudo muito estranho para os nerds atuais, mas para um nerd da década de 80 era o máximo. Dava para aprender a programar em BASIC e fazer muitas experiências. Ah! Eu me divertia mesmo era pro

Tecnologia Java Card

Java Card é uma plataforma da tecnologia Java da Sun Microsystems que possibilita que smart cards e outros dispositivos com memória muito limitada executem applets . Essa tecnologia oferece aos fabricantes uma plataforma interoperável e segura, que pode armazenar e atualizar múltiplas aplicações em um único dispositivo. A tecnologia permite que desenvolvedores criem, testem e distribuam aplicações e serviços com rapidez e segurança. A Sun, da mesma maneira que procede para outras tecnologias Java, também disponibiliza uma especificação da plataforma e um kit de desenvolvimento Java Card. Suas principais características são: Interoperabilidade. Escreva uma vez e rode em qualquer cartão que suporte Java Card. Seguro. Além da segurança herdada de J2SE, implementa funções de criptografia. É Java. Múltiplos aplicativos num mesmo cartão. Num mesmo cartão você pode ter serviços de banco, telefone, vale-refeição, etc. Dinâmico. É possível instalar um novo applet mesmo que o cartão já tenho s

Minha paixão pela computação - II

Depois de terminada "Introdução à Computação", bastante motivado, matriculei-me em "Estruturas da Informação". O conteúdo dessa disciplina é o mesmo de Estruturas de Dados I: listas, filas, pilhas, etc. Foi um desastre. Não consegui acompanhar e abandonei na metade do semestre. Minha única reprovação na graduação. Inesquecível e frustrante. Alguns semestres depois, chegou na universidade um novo brinquedinho, o DECSystem/10 da Digital. O DEC-10, como era comumente chamado, tinha 256k palavras de 36 bits de memória e também era chamado PDP-10. Leia mais sobre ele em http://en.wikipedia.org/wiki/PDP-10 . Que avanço! Terminais de vídeo nos setores administrativos, na pesquisa, no Departamento de Engenharia Elétrica (DEE), em suma: uma maravilha. O curso de Tecnologia em Processamento de Dados ofereceu então um curso de extensão de férias sobre a nova versão do FORTRAN que rodava no DEC-10. O DEC10 rodava FORTRAN IV e V, COBOL, LISP, PROLOG, ALGOL, entre outras linguage

Múltiplas habilidades

Até o ano de 2005 a principal linguagem de programação estudada no curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário Luterano de Santarém era Pascal. Além de Pascal, alguns outros paradigmas eram estudados brevemente na disciplina Paradigmas de Linguagens de Programação, e C++ um pouco mais profundamente abordado em linguagem de Programação Orientada a Objetos. Há muito vinha sendo discutido nas reuniões do colegiado a inclusão de Java como a principal linguagem do curso. Sempre se colocava em pauta a dificuldade que os alunos teriam com o novo paradigma como um obstáculo à concretização da idéia. Observa-se que aos alunos serem apresentados a um paradigma, eles se fecham para todos os outros. Essas dificuldades eram sentidas quando se iniciava o estudo de C++. Enfim, a partir do ano de 2006, Java foi implantada como linguagem a ser estudada nas disciplinas iniciais do curso. Um excelente trabalho foi realizado como forma de disseminar a linguagem entre os membros da comunidade a

Minha paixão pela computação - I

No ano de 1976 entrei para o curso de Engenharia Elétrica - Opção Eletrônica na UFPa. Logo nos primeiros semestres fiz minha matrícula numa disciplina chamada "Introdução à Ciência da Computação". Após a tradicional introdução que conta a história do computador, passando pela numeração binária, iniciamos o estudo de algoritmos e fluxogramas. Veio então meu primeiro programa, na linguagem FORTRAN versão Monitor, muito usada no meio científico naquela época. O professor então nos instruiu como deveríamos proceder para, após criarmos o código do programa, testá-lo no computador da universidade. Hoje, nas aulas de laboratório do curso de Sistemas de Informação do CEULS, temos dois alunos por máquina, às vezes até um por máquina. Nem em meus sonhos mais otimistas conseguia imaginar isso. O fato é que tínhamos que compartilhar um único computador para todas as atividades da instituição. Era um IBM 1130. Esse computador tinha 16K palavras de 16 bits de memória e cada unidade de dis