Quando eu iniciei meus estudos sobre Cobol, a empresa onde eu trabalhava tinha uma ferramenta CASE que gerava código COBOL a partir da definição da estrutura de uma tabela. Eu definia como eu queria a tabela e a ferramenta gerava o código completo de um módulo de cadastro. Assim eu comecei a analisar esse código, ler alguns livros e daí surgiram minhas primeiras aventuras nessa linguagem. Nessa época, 1986, a www ainda não existia. O primeiro navegador, Mosaic 1.0, só foi lançado em 1993. Os programas em COBOL que eu criava rodavam nos MAGNEX que falei antes. Eram computadores multiusuário. Logo surgiram os compatíveis com IBM-PC e a MAGNEX simplesmente quebrou, faliu. Os primeiros IBM-PC eram baseados no processador 8088 da Intel e rodavam apenas o sistema operacional MS-DOS, que não oferecia recursos multiusuário e redes eram um conceito que estava nascendo. Passamos por um momento de indefinição. Precisávamos de solução multiusuário e os compatíveis IBM-PC não suportavam esse recurso. Saímos atrás de alguma coisa que nos desse uma esperança e encontramos o sistema operacional PICK. PICK é multiusuário, suporta memória virtual, tempo-compartilhado, banco de dados e linguagem de programação integrados e, pasmem, a gente podia pendurar dois terminais burros em um PC-XT. PC-XT era um IBM-PC com 640Kbytes de memória RAM, 4.77 MHz de clock e disco rígido de 10 ou 20 Mbytes. Logo viagei a São Paulo onde fiz um curso de PICK Básico e Avançado me credenciando a desenvolver software nessa plataforma. Fizemos um programa que acompanhava a apuração das eleições, que era manual, nessa plataforma. O grande problema desse sistema operacional era a falta de compatibilidade com o sistema de arquivos do MS-DOS. No início dos anos 90 comecei a estudar CLIPPER. Em 1991 iniciei uma nova fase na minha vida profissional, passei a trabalhador autônomo. Durante cerca de 10 anos a linguagem CLIPPER foi minha fonte de renda. Ainda hoje tenho clientes que utilizam programas meus escritos em CLIPPER. Em julho de 1996 fui mais uma vez a São Paulo, desta vez fazer um curso de DELPHI. Em agosto de 1996 fui admitido como professor no Instituto Luterano de Ensino Superior. Uma nova fase se inicia, que eu começo a contar no próximo post.
Para fazer nossa primeira aplicação usando banco de dados no Lazarus vamos usar o SQLite e o conjunto de componentes nativo SQLdb. Inicialmente vamos apresentar passo como essa aplicação foi criada. Essa foi a maneira que eu fiz, e eu agradeço sugestões e questionamentos que pessoas que já passaram por essa experiência. Depois irei fazer algumas considerações sobre o uso do SQLdb. SQLite SQLite é uma biblioteca que implementa um motor de banco de dados SQL. É livre para qualquer finalidade, seja uso particular ou comercial. Lê e escreve em um único arquivo que pode ter além de tabelas, índices, gatilhos e visões. Executa em várias plataformas e é indicado para aplicações embarcadas. Maiores detalhes podem ser encontrados no site oficial. Para usá-lo, baixe-o do site e faça a instalação adequada para o seu sistema operacional. No Windows isso é muito simples, apenas copie sqlite3.dll para o system32 da pasta do sistema operacional. Existe uma ferramenta de linha de comando chamada
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